14 de junho de 2024

Modo Supercontrolador – Terapia do Esquema

O modo Supercontrolador na Terapia do Esquema é uma resposta disfuncional aos esquemas centrais de uma pessoa, surgindo como uma estratégia de enfrentamento para lidar com emoções dolorosas, vulnerabilidades e sensações de descontrole. Esse modo envolve a tentativa de controlar a si mesmo, os outros ou o ambiente de maneira excessiva, rígida e muitas vezes inflexível, com o objetivo de evitar sentir emoções desconfortáveis, como medo, tristeza ou raiva, ou para prevenir que algum dano aconteça.

Esse controle pode se manifestar de várias formas, incluindo comportamento perfeccionista, rigidez emocional, controle excessivo sobre as circunstâncias, ou até mesmo comportamento compulsivo. Embora o objetivo do modo Supercontrolador seja criar uma sensação de segurança ou evitar situações dolorosas, ele acaba por limitar a espontaneidade, a liberdade emocional e a capacidade de estabelecer conexões mais profundas com os outros.

Características do Modo Supercontrolador

Formação do Modo Supercontrolador

Esse modo geralmente surge na infância como uma resposta a ambientes caóticos, imprevisíveis ou inseguros. Crianças que cresceram em ambientes onde suas emoções não foram validadas ou onde experimentaram negligência ou abuso podem desenvolver o modo Supercontrolador como uma forma de se proteger de experiências dolorosas e tentar manter uma sensação de controle sobre a própria vida.

Impacto no Cotidiano

Embora o modo Supercontrolador possa, a princípio, parecer uma maneira eficaz de evitar dor e manter a ordem, ele frequentemente causa vários problemas na vida da pessoa, afetando tanto o bem-estar emocional quanto os relacionamentos interpessoais.

Diálogo entre o Modo Supercontrolador e o Modo Adulto Saudável

Contexto:
A pessoa está sentindo vontade de descansar no fim de semana, mas o Modo Supercontrolador entra em ação, pressionando-a a ser produtiva o tempo todo. O Modo Adulto Saudável tenta equilibrar essa pressão com uma abordagem mais flexível e autoconsciente.

Modo Supercontrolador:
“Você não pode ficar parada! O tempo é precioso, e você tem muitas coisas para fazer. Se relaxar agora, vai perder tempo e depois vai se arrepender. Sempre há algo produtivo para fazer!”

Modo Adulto Saudável:
“Eu entendo sua preocupação. Eu também valorizo responsabilidade e organização, mas o descanso também é essencial. Trabalhar sem parar só vai me deixar exausta e improdutiva a longo prazo.”

Modo Supercontrolador:
“Mas se você não mantiver tudo sob controle, as coisas podem sair do eixo. Você não quer falhar, quer? Melhor se adiantar e resolver as pendências antes que algo saia errado.”

Modo Adulto Saudável:
“Planejamento é importante, mas controle absoluto é impossível. Eu posso organizar minhas tarefas e, ao mesmo tempo, me permitir descansar. Não preciso escolher entre um e outro, posso equilibrar as duas coisas.”

Modo Supercontrolador:
“Mas as outras pessoas estão sempre correndo atrás de melhorar, e se você não fizer o mesmo, pode ficar para trás!”

Modo Adulto Saudável:
“Cada um tem seu ritmo, e meu valor não está só no que eu produzo. O descanso faz parte do crescimento. Se eu me cuido, terei mais energia e criatividade para seguir em frente sem me esgotar.”

Modo Supercontrolador:
“Mas se você relaxar demais, pode perder o foco e acabar procrastinando.”

Modo Adulto Saudável:
“Eu confio na minha capacidade de manter o equilíbrio. Sei quando preciso me esforçar e quando preciso parar. Descansar não é o mesmo que procrastinar—é uma forma de recarregar e evitar o esgotamento.”

Tratamento do Modo Supercontrolador na Terapia do Esquema

O tratamento desse modo envolve ajudar a pessoa a entender as raízes de sua necessidade de controle e trabalhar para desenvolver uma relação mais saudável e equilibrada com suas emoções e com os outros. A ideia é permitir que a pessoa perceba que não precisa controlar tudo para se sentir segura.

Objetivo Final

O objetivo do tratamento é ajudar a pessoa a abandonar a necessidade de controlar excessivamente a si mesma e os outros, permitindo-se viver de maneira mais espontânea e flexível. Isso envolve aprender a lidar com emoções de maneira saudável, aceitar a vulnerabilidade e permitir que a vida se desenrole sem a necessidade de controle total. Com o tempo, a pessoa pode encontrar uma maior sensação de liberdade emocional e relacionamentos mais autênticos.

   

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Psicóloga Fernanda Alfeld – CRP 04/70556 | Juiz de Fora
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