16 de junho de 2025

Modo Vencido Submisso – Terapia do Esquema

O Modo Vencido/Submisso na Terapia do Esquema é um estado psicológico em que a pessoa se coloca constantemente em posição de inferioridade diante dos outros, renunciando aos próprios desejos, direitos e necessidades em nome da paz, da aceitação ou da evitação de punições. Esse modo frequentemente surge como uma forma de sobrevivência emocional, especialmente em contextos familiares ou relacionais marcados por autoritarismo, crítica constante ou rejeição. A pessoa aprende que ser obediente, calada ou invisível é a única forma de se proteger e manter algum tipo de conexão com os outros, mesmo que isso custe sua identidade e bem-estar.

Na vida adulta, esse modo se manifesta por meio de comportamentos passivos, dificuldade de dizer “não”, medo excessivo de desagradar e uma tendência a ceder mesmo quando isso gera sofrimento interno. A pessoa sente que não tem o direito de ocupar espaço ou discordar, como se suas opiniões fossem inválidas ou perigosas. Embora pareça calmo externamente, o modo vencido/submisso costuma carregar uma carga significativa de tristeza, ressentimento ou vergonha, sendo um dos responsáveis por relações desequilibradas e pela sensação persistente de anulação pessoal.

Características do Modo Vencido/Submisso:

Características Cognitivas (pensamentos típicos):

Características Emocionais:

Características Comportamentais:

Postura Corporal e Linguagem Não Verbal:

Formação do Modo Vencido/Submisso

Esse modo geralmente se desenvolve na infância, em ambientes familiares onde a expressão individual da criança era inibida, punida ou ignorada. Para sobreviver emocionalmente nesses contextos, a criança aprende a se anular e se adaptar às exigências externas, acreditando que só será aceita se for obediente, silenciosa e submissa.

Impactos do Modo Vencido/Submisso na Vida Adulta

Quando o Modo Vencido/Submisso permanece ativo na vida adulta, ele pode comprometer significativamente a autonomia, os relacionamentos e a autoestima da pessoa. O adulto que opera sob esse modo frequentemente se sente aprisionado em padrões de obediência, evitação e autossilenciamento, mesmo quando já não está mais em um ambiente ameaçador como o da infância.

Tratamento do Modo Criança Vulnerável na Terapia do Esquema

O tratamento do Modo Criança Vulnerável na Terapia do Esquema tem como objetivo central acolher, validar e fortalecer emocionalmente essa parte fragilizada do paciente, que representa necessidades não atendidas na infância. Em vez de eliminar esse modo, o foco é ajudá-lo a se sentir seguro, ouvido e protegido, principalmente por meio do desenvolvimento do Modo Adulto Saudável e da reparação emocional dentro da relação terapêutica.

Objetivo Final

O objetivo do tratamento é permitir que o paciente reconheça, acolha e cuide de sua Criança Vulnerável de maneira consciente e compassiva, transformando uma parte antes temida ou ignorada em uma fonte legítima de conexão emocional e autoconhecimento. Por meio do fortalecimento do Modo Adulto Saudável, a pessoa aprende a oferecer internamente o que um dia lhe faltou: segurança, amor, validação e proteção.

Com o tempo, essa integração emocional promove uma maior estabilidade afetiva, senso de valor pessoal e autorregulação emocional. A pessoa deixa de viver refém de antigas dores ou de modos protetores rígidos, passando a viver com mais autenticidade, abertura e equilíbrio nos relacionamentos. Suas emoções deixam de ser vistas como ameaças, e passam a ser reconhecidas como guias legítimos de suas necessidades e limites.

   

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Psicóloga Fernanda Alfeld – CRP 04/70556 | Juiz de Fora
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